Iluminação: como projetar sistemas de iluminação natural

A iluminação natural é uma forma de aproveitar a luz do sol para iluminar os ambientes internos, reduzindo o consumo de energia elétrica e melhorando o conforto visual e térmico dos usuários. Além disso, a iluminação natural pode trazer benefícios para a saúde, como o aumento da produção de vitamina D e a regulação do ciclo circadiano. 

Para projetar sistemas de iluminação natural, é preciso considerar alguns fatores, como a orientação solar, a geometria da edificação, o tipo e a posição das aberturas, o uso de elementos de controle e difusão da luz, e as características dos materiais e das cores utilizados nos espaços. 

A orientação solar determina a quantidade e a qualidade da luz que incide sobre a edificação ao longo do dia e do ano. Em geral, as fachadas voltadas para o norte recebem mais luz direta, enquanto as fachadas voltadas para o sul recebem mais luz difusa. As fachadas voltadas para o leste e o oeste recebem luz direta pela manhã e pela tarde, respectivamente, mas também estão sujeitas ao ofuscamento e ao ganho térmico excessivo. 

A geometria da edificação influencia na distribuição da luz natural nos ambientes internos. A profundidade, a altura e a forma dos espaços determinam o alcance e a uniformidade da iluminação natural. Quanto mais profundo for o espaço, menor será a iluminação natural. Quanto mais alto for o pé-direito, maior será a iluminação natural. Quanto mais complexa for a forma do espaço, mais difícil será prever o comportamento da luz natural. 

O tipo e a posição das aberturas são fundamentais para controlar a entrada da luz natural nos espaços internos. As aberturas podem ser verticais (janelas) ou horizontais (claraboias), e devem ser dimensionadas e posicionadas de acordo com a orientação solar, a geometria do espaço e as necessidades dos usuários. As aberturas verticais permitem uma maior integração visual com o exterior, mas também podem causar ofuscamento e perda térmica. As aberturas horizontais permitem uma maior penetração da luz natural no interior do espaço, mas também podem causar superaquecimento e condensação. 

As características dos materiais e das cores utilizados nos espaços internos também afetam o desempenho da iluminação natural. Os materiais podem ser classificados em opacos ou transparentes, reflexivos ou absorventes, lisos ou rugosos. Os materiais opacos bloqueiam a passagem da luz, os materiais transparentes permitem a passagem da luz, os materiais reflexivos devolvem parte da luz que recebem, os materiais absorventes retêm parte da luz que recebem, os materiais lisos refletem a luz de forma especular (como um espelho), os materiais rugosos refletem a luz de forma difusa (como uma tela). As cores podem ser classificadas em claras ou escuras, quentes ou frias. As cores claras refletem mais luz do que as cores escuras, as cores quentes transmitem uma sensação de calor, as cores frias transmitem uma sensação de frio. 

Portanto, para projetar sistemas de iluminação natural, é preciso levar em conta todos esses fatores e buscar um equilíbrio entre eles, visando atender às necessidades funcionais, estéticas e ambientais dos espaços e dos usuários. 

Autor: WGB Engenharia

E-mail: williangabriel@wgbengenharia.com