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Elegância Sustentável: Guiando suas Escolhas de Materiais
agosto 21, 2023
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A sustentabilidade é um conceito cada vez mais importante na arquitetura, pois envolve não apenas a preservação do meio ambiente, mas também a qualidade de vida das pessoas que habitam os espaços projetados. Nesse sentido, a escolha dos materiais utilizados na construção e no acabamento é fundamental para garantir um projeto sustentável, que minimize os impactos ambientais e sociais, e que seja durável, funcional e estético.
Mas como escolher os materiais sustentáveis mais adequados para cada projeto? Quais são os critérios que devem ser considerados? Quais são as vantagens e desvantagens de cada opção? Essas são algumas das perguntas que vamos responder neste texto, que tem como objetivo orientar os arquitetos e os clientes na hora de definir os materiais sustentáveis para seus projetos.
O que são materiais sustentáveis?
Antes de mais nada, é preciso entender o que são materiais sustentáveis e quais são as suas características. De acordo com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), materiais sustentáveis são aqueles que:
– Apresentam baixo consumo de energia e de recursos naturais na sua produção, transporte e instalação;
– Possuem baixa emissão de gases de efeito estufa e de poluentes na sua fabricação e uso;
– São recicláveis, reutilizáveis ou biodegradáveis ao final da sua vida útil;
– Não contêm substâncias tóxicas ou nocivas à saúde humana e ao meio ambiente;
– Oferecem conforto térmico, acústico, visual e ergonômico aos usuários;
– Possuem qualidade técnica, estética e funcional compatível com o projeto.
Além disso, é importante considerar o ciclo de vida dos materiais, ou seja, todas as etapas desde a extração da matéria-prima até o descarte final. Assim, é possível avaliar o desempenho ambiental dos materiais em cada fase e escolher aqueles que apresentam menor impacto.
Quais são os critérios para escolher materiais sustentáveis?
A escolha dos materiais sustentáveis depende de vários fatores, como o tipo de projeto, o local da obra, o orçamento disponível, as normas técnicas, as preferências do cliente e do arquiteto, entre outros. No entanto, existem alguns critérios gerais que podem ajudar nessa decisão. São eles:
– Origem: preferir materiais locais ou regionais, que reduzem o consumo de energia e a emissão de poluentes no transporte. Além disso, verificar se os materiais possuem certificação ambiental ou social, que atestam a procedência legal e responsável da matéria-prima.
– Durabilidade: optar por materiais que tenham longa vida útil e que demandem pouca manutenção ou reparo. Isso evita o desperdício de recursos e a geração de resíduos.
– Reutilização: priorizar materiais que possam ser reaproveitados em outras obras ou em outros usos. Por exemplo, madeira de demolição, tijolos antigos, telhas recicladas, etc.
– Reciclagem: escolher materiais que sejam recicláveis ou que contenham material reciclado na sua composição. Por exemplo, plástico reciclado, papel reciclado, vidro reciclado, etc.
– Biodegradabilidade: selecionar materiais que sejam biodegradáveis ou compostáveis ao final da sua vida útil. Por exemplo, bambu, palha, algodão orgânico, etc.
– Toxicidade: evitar materiais que contenham substâncias tóxicas ou nocivas à saúde humana e ao meio ambiente. Por exemplo, tintas com solventes orgânicos voláteis (VOCs), colas com formaldeído, isolantes com amianto, etc.
Quais são os exemplos de materiais sustentáveis?
Existem diversos tipos de materiais sustentáveis disponíveis no mercado, que podem ser utilizados em diferentes partes do projeto arquitetônico. A seguir, apresentamos alguns exemplos:
– Madeira certificada: é a madeira proveniente de florestas manejadas de forma sustentável, que respeitam os aspectos ambientais, sociais e econômicos. A madeira certificada possui o selo do Forest Stewardship Council (FSC) ou do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor), que garantem a sua origem legal e responsável. A madeira certificada pode ser utilizada em estruturas, esquadrias, pisos, forros, móveis, etc.
– Bambu: é uma planta de rápido crescimento e de fácil cultivo, que não requer o uso de agrotóxicos ou fertilizantes. O bambu possui alta resistência mecânica e flexibilidade, podendo substituir a madeira em diversas aplicações. O bambu pode ser utilizado em estruturas, coberturas, pisos, forros, móveis, etc.
– Tijolo ecológico: é um tipo de tijolo que não utiliza queima na sua fabricação, o que reduz o consumo de energia e a emissão de poluentes. Ele é feito de uma mistura de solo, cimento e água, que é prensada em formas, possui encaixes que facilitam a montagem e dispensam o uso de argamassa, pode ser utilizado em alvenarias estruturais ou de vedação.
– Telha ecológica: é um tipo de telha que utiliza material reciclado na sua composição, como plástico, papel, vidro, etc. A telha ecológica possui baixo peso, alta durabilidade e resistência às intempéries. A telha ecológica pode ser utilizada em coberturas de diversos tipos de edificações.
– Tinta natural: é um tipo de tinta que utiliza pigmentos naturais ou orgânicos na sua formulação, como terra, argila, plantas, etc. A tinta natural não contém solventes orgânicos voláteis (VOCs) ou outras substâncias tóxicas ou nocivas à saúde humana e ao meio ambiente. A tinta natural pode ser utilizada em paredes internas ou externas.
– Isolante térmico e acústico natural: é um tipo de isolante que utiliza materiais naturais ou orgânicos na sua composição, como lã de ovelha, fibra de coco, palha, etc. O isolante térmico e acústico natural possui baixa condutividade térmica e alta absorção sonora, proporcionando conforto térmico e acústico aos usuários. O isolante térmico e acústico natural pode ser utilizado em paredes, tetos, pisos, etc.
Neste texto, apresentamos um guia de escolha de materiais sustentáveis para projetos arquitetônicos, abordando os conceitos, os critérios e os exemplos de materiais sustentáveis que podem ser utilizados em diferentes partes do projeto.
Lembramos que a escolha dos materiais sustentáveis deve levar em conta as especificidades de cada projeto, bem como as normas técnicas e as preferências do cliente e do arquiteto. Além disso, a escolha dos materiais sustentáveis deve estar integrada a outras estratégias de sustentabilidade na arquitetura, como o uso racional da água, da energia e dos resíduos.
Se você gostou deste texto ou tem alguma dúvida ou sugestão sobre o tema, deixe o seu comentário abaixo. E se você quer saber mais sobre arquitetura sustentável ou contratar um projeto arquitetônico sustentável para a sua obra, entre em contato conosco.